Na vida real, princesa não é princesa. É sempre uma pessoa com baixa condição financeira, tentando encontrar sua alma gêmea, acreditando firmemente na idéia de que é possível viver de amor.
Príncipes jamais são príncipes: são homens de uma natureza desnecessária que, por trás das suas juras de amor, escondem um par de olhos responsáveis por uma pesquisa quantitativa sobre o sexo feminino. Na maioria das vezes não são bonitos, nem educados, nem elegantes... muito menos ricos!
As bruxas, simplesmente, sofreram alterações etimológicas. São ‘piriguetes’, às quais o roteirista concedeu somente um papel: irritar as princesas! Geralmente são muito iludidas em relação às próprias aparências, são audaciosas, acham que podem tudo e nunca ouviram falar na palavra respeito.
Fada? Madrinha? Só se for de casamento! Essa espécie é a sofredora, agüenta os desabafos amorosos e não possui nenhuma varinha mágica para transformar lágrimas em doses de bebida.
Na vida real, nada é o que os livros descrevem. Experimente beijar um sapo e sentirá um gosto horrível na boca, enquanto espera por um príncipe que não existe e jamais aparecerá. E esqueça a idéia de que as princesas desfrutam de regalias... em terra de gente, essas beldades desfrutam apenas de uma tonelada de motivos (que as obrigam implorar a deus por mais um pouco de paciência).
(Dalila Lemos)
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