sexta-feira, 29 de novembro de 2013

SEMPRE AMOR

Um dia ele foi um susto. Depois se transformou num cisquinho. Cresceu mais um pouco e começou a entender que poderia identificar vozes... E virou dançarino de funk quando me ouviu falar!

Cresceu ainda mais e descobriu o poder do sentimento. Ficou feliz quando o telefone tocou, quando o papai chegou do trabalho e quando a vovó comprou-lhe um sapatinho.

Transformou-se, então, em inteligência. E começou a fechar os olhos ao anoitecer.

Cresceu mais e mais, quando reparou que já não havia como explorar o planeta dentro de uma barriga. Então nasceu: pra me fazer sorrir, para me ensinar o que eu jurava que já sabia. Nasceu pra ser um pouco de tudo, pra estar em cada letra da saudade quando a distância aperta. Nasceu pra me mostrar que, na vida, há mais coisas que valem a pena do que aquelas que eu já conheço.

Um susto. Um cisco. Um dançarino de funk. Um sensitivo. Um Perspicaz. Um impetuoso. UM SEMPRE AMOR! 

Amor de dinda! Amor de ser independente pra escolher aonde quer se sentar. Amor de querer mais pipoca. Amor de pirraça quando o teatro chega ao fim. Amor de "por favor, enfeite mais os meus dias".


(Dalila Lemos)

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