Mick Jagger também é popularmente conhecido como “pé frio”. O apelido de azarado surgiu na Copa de 2010 quando colocou acessórios com as cores da seleção brasileira e levou Lucas, seu filho com a apresentadora Luciana Gimenez, ao estádio. O artista declarou publicamente seu fanatismo por futebol, comparando-se com a maioria dos brasileiros.
Toda energia que vinha do líder dos Rollings Stones foi canalizada para a vitória do Brasil no jogo contra a Holanda. Resultado da partida? 2 a 1 para os holandeses...E, ainda por cima, de virada!
Veja bem: só o caso da Copa do Mundo já foi suficiente para colar um rótulo de azar na testa do cantor. Agora imagine uma pessoa que passa por situações de contratempo quase que diariamente... Chato, não é?
Inocente, acreditei na previsão do tempo ontem. Para ir ao trabalho, me vesti com uma blusa de malha e um casaco que não esquenta nem pensamento. Conclusão: fez frio. A sensação térmica era de “me tire daqui em menos de cinco minutos, senão vou virar estátua de gelo”.
Como se não bastasse as oito horas de labuta, a má sorte me pegou de jeito ao entrar no ônibus. Optei pelo corredor e senti uma ventania sacudir minhas madeixas. Meu nariz gelou. Minha mão ficou rígida. E eu me irritei! Por que diabos as janelas estariam abertas em plena noite de inverno? Mas não existia plural. Não havia nada além de uma única janela aberta: a do coleguinha gente boa, cujo qual eu me sentei ao lado.
Se um caso não faz a fama, eu conto outro. Hoje, por exemplo, rezei para que o sol surgisse por entre as nuvens cinzas. Tive medo de a baixa temperatura diminuir minha resistência à dor, pois marquei uma sessão de tatuagem para as 18h. Deus ouviu as preces e o sol brilhou no céu. Parece legal? Então atente-se ao desfecho: meu telefone tocou... O tatuador estava passando mal... Fui agendada para a próxima semana (e o sol continuou radiante).
Sei que previsões meteorológicas e questões de mal estar são um tanto quanto imprevisíveis. Mas, se fosse só isso, talvez eu não me queixasse.
O fato é que acontece algum infortúnio comigo praticamente todos os dias. É o papel do caixa que acaba quando chega minha vez de pagar, é o cartão do banco que sofre tentativa de clonagem, é o telefone que toca quando estou com tudo pronto para ir embora do trabalho...
Se eu torço pelo meu time, o adversário vence. Nunca ganho uma rifa. Erro todos os bolões. Já desisti dos bingos. E não acertei nenhum número da megasena no dia em que meu avô implorou para que eu escolhesse.
O nome disso? Azar.
O meu nome? Dalila... Mas pode me chamar de Mick Jagger!
(Dalila Lemos)
Ou Murphy.
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