quarta-feira, 25 de abril de 2012

TRÊS E MEIA

Já é madrugada. Não adianta pensar na ética ou na psicologia logo agora... Não agora! Porque, enquanto os ponteiros correm contra a razão, os princípios se misturam.
Três e meia da manhã não é um horário que depende da minha vontade para se tornar sugestivo ao sono... Tanto que não consigo dormir! Algumas vezes, não depende de mim. Outras, não depende de você. As escolhas nos escolhem, sabia?
 Nos permitimos errar quando o desejo fala mais alto. Depois, desejamos de novo (com mais intensidade). E de novo (com mais pureza). E novamente (com mais vontade de nos ajustarmos aos erros).
Eu só queria dizer que não existe culpa... Mesmo quando nossos pensamentos multiplicam-se e embaralham-se, mesmo quando o medo tenta falar mais alto ou quando os dias se repetem.
Agora, que ainda é madrugada, minha insônia me cala com perguntas. Então eu penso que algumas coisas acontecem simplesmente por acontecer. Depois volto a dormir... desejando tudo de novo.
Não é minha intenção que a bomba exploda, que as cartas virem, que o julgamento venha à tona por nosso mundo não ser o mesmo. Mas não precisamos olhar pela janela com óculos escuros, porque viver já é um risco! E riscos são sempre riscos: não se distinguem por situações.

(Dalila Lemos)


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