
Existem duas certezas na vida: a morte e o não. Nós vivemos com a convicção de que um dia morreremos e convivemos com a existência do não durante nossa trajetória. E mesmo com ambas as evidências, ainda há quem sinta medo.
Costumo dizer que o medo é um grande destruidor de sonhos. Quando o sentimos, deixamos de fazer. Quando o tocamos, deixamos de estar. Quando o aceitamos, deixamos de ser.
Muitos recusam voar alto por sentir receio do tombo. Para não errar, nem tentam. Para não perder, nem lutam. Para não morrer, não vivem. Esses são os atalhos utilizados na tentativa de fugir do não.
O que me entristece é saber que fazem da certeza uma dúvida. “E se eu não conseguir? E se eu sofrer? E se eu não ganhar?”. É simples: o não já existe. A consequência das tentativas é o sim. Se tentarmos e for inatingível, não faz diferença: estaremos na mesma estaca. Mas se durante a tentativa nós conquistarmos o sim, daremos passos largos para uma etapa melhor.
Conselho bom custa caro, contudo, não pretendo precificar minha recomendação. Sugiro que não tenham medo da vida nem alimentem o medo do próprio medo. Amem hoje, tentem agora e não esperem o fim do jogo para fazer apostas. Não destruam os sonhos: Mudem. Arrisquem. Abram a boca. Digam sim para o não, pois aceitá-lo significa se abrir para o mundo e as coisas boas só chegam até nós quando reservamos um espaço para elas.
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