sexta-feira, 13 de abril de 2012

SIMPLESMENTE TRISTE

O mundo é realmente complicado. Há quem critique minha angústia como se eu tivesse a santa obrigação de viver feliz. Será que devo me entregar a essa hipocrisia? Imagina!

A tristeza só é ruim quando deixa de ser um estado e passa a ser uma condição. Fora isso, é natural... Afinal, nossos dias são recheados de sinônimos e antônimos, prós e contras, altos e baixos, positivos e negativos e, principalmente, de felicidade e tristeza.

A maneira como cada um lida com os sentimentos é questão pessoal. Conheço muita gente triste que se esconde nos personagens de teatro. Algumas se trancam, outras fogem... Tem gente até que descarrega a melancolia nos copos de cerveja, nos maços de cigarro, nas compras fúteis ou na gordura de fast foods. Conheço também pessoas capazes de jurar que são sempre felizes.

Maquiar a cara com um sorriso e nunca lavar o rosto é farsa. Todo mundo um dia fica triste! Do pobre ao rico, do magro ao gordo, do fracassado ao bem sucedido. Tristeza é tristeza: não depende de cor, credo ou classe social. Príncipes se entristecem, bruxas também.

Sou eu quem pode dizer “fala sério”. E falo. Porque não estar feliz é tão normal quanto não estar inspirado. Não estar feliz é tão comum quanto não estar satisfeito. Não estar feliz é tão verdadeiro quanto não estar disposto.

A tristeza é distinta da felicidade (óbvio)! Contudo, as duas se assemelham a outros opostos (que também se completam).

Às vezes, basta o silêncio pra falar mais alto. Basta a luz para que a sombra apareça. Basta o medo para que se crie coragem. E basta tristeza para que se encontre felicidade.

Enquanto estamos tristes, somos apenas alguém demonstrando um sentimento. Triste mesmo é não sentir!
 
(Dalila Lemos) 

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