quarta-feira, 25 de abril de 2012

OBJETIVOS DO ACASO

http://riosulnet.globo.com/web/conteudo/7_284146.asp

Pra começar, quero dizer que a expressão neguinho nada tem a ver com racismo ou outro tipo de preconceito conforme algumas pessoas alegam em brincadeiras. Prossigo.

Neguinho tem mania de fazer oração, promessa, mandinga, pacto, simpatia, aposta... Tudo com a finalidade de atingir um objetivo amoroso, profissional, financeiro ou estético.

Já vi gente se entregar ao Santo Expedito em troca de um carro. Também conheci pessoas capazes de costurar a boca do sapo como recompensa pelo grande amor. Há quem caminhe do Rio a Salvador a pé, caso consiga uma vaga de emprego. Existem também aqueles que são capazes de apostar boa parte do salário nas dietas milagrosas.

Que alguém me corrija se eu estiver errada, mas acredito que resultados são frutos do nosso esforço e não apenas das nossas apostas ou crenças religiosas. Existe uma sátira que expõe de bom modo o que estou dizendo: um sujeito implora a Deus que o conceda o bilhete premiado da loteria e Deus responde que para ajudá-lo é necessário que ele jogue, antes de qualquer coisa.

A mais pura verdade? Absolutamente! Sem esforço e dedicação os objetivos não se transformam em resultados. É claro que (em raros casos) aquela velha frase de que toda regra tem exceção é válida. Algumas vezes, podemos contar com a ajudinha da sorte e até da coincidência.

Ontem mesmo, o acaso cooperou com meu propósito físico. Fui pra casa da minha mãe após um treino, com duração de uma hora, na academia. Ao chegar, me deparei com um bombom envolvido por uma linda embalagem de selofane amarelo.

Logo eu, que não costumo ligar a mínima para os doces, cai em tentação e decidi me entregar ao desejo. Sabe o que aconteceu? Na parte de dentro da embalagem tinha uma mensagem que dizia: "a vida é muito curta pra você não dividir esse bombom com alguém".

Foi melhor que simpatia! Dei uma folga aos santos e não precisei nem fazer promessa para excluir cinquenta por cento das calorias: Interpretei da minha forma e decidi comer só metade do chocolate. A outra metade, dei pra minha mãe.
 
(Dalila Lemos) 

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