segunda-feira, 13 de maio de 2013

PARA SEMPRE FIM



Era uma vez o era uma vez. Cinderela? Sem sapatinho de cristal! Branca de Neve perdida na floresta até o fim do livro. Bela Adormecida que nunca mais acordará. Os contos podem mudar pra sempre. Quem sabe o gato de botas não use All Star? Quem sabe o Pequeno Polegar não se transforme no Grande Fura-bolo? Ou sugiro melhor: Peter Pan – um hipotético velho ranzinza! Clássicos são pra sempre. E sempre acabam. Histórias de vida são pra sempre. (E sempre acabam).

O fato é que o sempre não dura pra sempre. Acaba! E nem adianta lembrar-se de Renato Russo, pois a rotina muda com as estações. O frio do inverno traz o desejo eterno da coberta e do chocolate quente. Chega a primavera e o desejo acaba. O verão traz o anseio insaciável pelas malhas mais frescas e lugares mais frios. O anseio acaba com a preguiça eterna do outono. (Que acaba também). Fim das estações, fim do ano, fim do mundo. Fim da ligação, fim de campeonato, fim das inscrições. Fim do mês e fim do dinheiro. Fim da viagem e fim do descanso. Fim da conexão. Conclusão de curso, término de namoro. E a vida não para! Beatles acaba e a vida não para. Quando não acaba, muda (tipo titãs) e, nesse caso, é quase a mesma coisa.

De repente você se vê numa mesa de bar. Assuntos que sempre acabam e não acabam nunca. Fim da paciência, meu caro.

(Dalila Lemos)

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