2012 acaba. 2013 começa. Nesse meio termo, há uma chuva de palavras como mudança, amor e crescimento. No meio dessa chuva de palavras, há o meu pensamento.
Pensamento só.
Só pensamento.
Uma mente que pensa em mudanças constantes, de dentro pra fora, de um segundo a outro, continuamente. Mudar não depende do ano, depende de mim. Mudar depende da maneira como eu encaro os fatos. Isso significa que posso mudar pra melhor ou pra pior. Isso significa que, se eu mudo, (pra melhor ou pior), o mundo segue. Acho que Raul estava certo: “eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.
A opinião sobre o amor me levou ao ódio. Na retrospectiva, eu descobri que o ódio agora faz parte de mim. Aprendi a amar algumas pessoas, mas aprendi a odiar também. Não considero a odiosidade o substantivo mais agradável do mundo. Aliás, odiar alguém está longe de ser aprazível... Mas tem seu lado positivo: auxilia na sobrevivência.
Sobrevivência nos leva ao crescimento. Supervivência! É necessário sobreviver aos incômodos de um passado que não é seu para desenvolver um futuro com outra pessoa. Sobreviver à falsidade diária para aguentar 8 horas de trabalho. Sobreviver à música do ano, ao livro do ano. Sobreviver aos tecidos e às cores da estação. Sobreviver à imparcialidade inexistente, à cultura inútil, ao superaquecimento global.
Tem tanta coisa jogada fora. E as pessoas com essa mania de reciclar pensamento!
(Dalila Lemos)
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