Se não me engano, foi em 2010 que um amigo me disse que “só vale a pena o que faz bem”. Certo. Digo que vale a pena interromper recorrentemente um texto e até esquecer algumas palavras se for por uma boa causa depois das 23:00h. Porque, às vezes, o celular alerta que você é importante para quem está do outro lado. Mas só às vezes... E só para algumas pessoas.
O silêncio é uma arma: chega com a madrugada, prestes a exterminar todas as expectativas boas que há por dentro. O único sobrevivente é o medo! E é justamente o medo de deixar a própria essência de lado que faz com que a balança mostre o que vale a pena.
Vale a pena a essência. E não o talvez! Porque o talvez é metade... Metade da dose, medida a conta-gotas! Viver um talvez é não viver por inteiro. É se contentar com o meio, sem jamais ter a chance de alcançar as extremidades.
Portanto, eu prefiro que derramem o completo sobre mim. Um sim completo, um não completo. Até mesmo o nunca! Gestos, atitudes, pensamentos e desejos: tudo em uma escala de 100%.
Sem silêncio e sem talvez. Porque eu não sou feita de metades.
(Dalila Lemos)
Por que inventamos a porcentagem, culpa dela, 10, 20, 30, 40, 50%, sempre parte de algo, não seria melhor falso ou verdadeiro? 0 ou 1?
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