segunda-feira, 9 de junho de 2014

ESTRANHAMENTE ESQUISITA

Sou esquisita por gostar de esquisitices. Esquisita pela falta de coerência, coesão e concordância existentes no modo aleatório do MP3. Esquisita por detestar banho frio e amar cachoeira, por gostar de tomar sorvete no inverno, dormir sem travesseiro debaixo da cabeça e, SIM, por fechar os olhos quando ando contra o vento.

Esquisitamente estranha pela falta do óbvio. Pelas músicas que nunca tocam nos shows que assisto, pelos clipes que nunca encontro na web e, principalmente, por todos os meus produtos que saem de linha. 

Sou esquisita quando olho para a contramão na hora de atravessar a rua. Quando almoço de colher. Quando deito com cara de Marilyn Monroe e desperto com jeito de Lindsay Lohan. 

Tipicamente esquisita pelo grito que cala. Por, ocasionalmente, ficar automática e parar de me importar com o que não se importam. Esquisita em escala elevada por fazer de conta até perder as contas e depois contar sobre as contas que contei.

Os dias que passam, os que chegam e os que vão: considero-os tão esquisitos quanto eu! Mas não ligo pra isso... E saio na rua com um sorriso esquisito de quem se satisfaz com qualquer simplicidade que ficou escondida nas entrelinhas da vida. 

(Dalila Lemos)

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