quarta-feira, 13 de julho de 2011

RESÍDUOS


A solidão de quem fica

O vazio de quem ama

Quando a noite é infinita

E o frio arde em chamas.

Se no papel um rabisco

Na voz, uma canção

Se no destino uma linha

Na vida, uma ilusão.

Rasgam-se as cartas

Secam-se as lágrimas

O que sobra já é nada

Um ponto. Um traço. Uma tração.

E neste giro sem órbita

Nesta porta que nunca abre

Bate só

Só o coração!

(Dalila Lemos)

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