A solidão de quem fica
O vazio de quem ama
Quando a noite é infinita
E o frio arde em chamas.
Se no papel um rabisco
Na voz, uma canção
Se no destino uma linha
Na vida, uma ilusão.
Rasgam-se as cartas
Secam-se as lágrimas
O que sobra já é nada
Um ponto. Um traço. Uma tração.
E neste giro sem órbita
Nesta porta que nunca abre
Bate só
Só o coração!
(Dalila Lemos)
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