Um pouco. No meio do nada De um tempo aquele em que não éramos descomedidos. Não éramos laços Nem pontes, abismos Simplesmente não éramos! Em tudo que ficou no vazio No meio do caos No meio da lama Na infinita espera dos dias que não vêm Em livros velhos com páginas rasgadas Espalhando ecos das palavras perdidas Na ausência dos móveis Na ausência tua Nos meus fantasmas E em cada passo confuso É no meio de mim, sem rimas, Que ficou uma parte É no meio de ti, contudo Que ficou o resto. (Dalila Lemos)
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