terça-feira, 22 de janeiro de 2019

CAOS


















Um pouco. No meio do nada
De um tempo aquele em que não éramos descomedidos.
Não éramos laços
Nem pontes, abismos
Simplesmente não éramos!

Em tudo que ficou no vazio
No meio do caos
No meio da lama
Na infinita espera dos dias que não vêm

Em livros velhos com páginas rasgadas
Espalhando ecos das palavras perdidas 
Na ausência dos móveis
Na ausência tua
Nos meus fantasmas
E em cada passo confuso

É no meio de mim, sem rimas, 
Que ficou uma parte
É no meio de ti, contudo
Que ficou o resto.

(Dalila Lemos)

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