Passavam ressentimentos. Filmes na minha cabeça, com enredos que eu não desejei que terminassem (e terminaram). Passavam cenas que eu nunca imaginei que viveria (e vivi). Músicas que já me angustiaram, palavras que eu não decifrava... Passava o trânsito, o caos, o risco, o tempo - tal inconstante qual o medo.
Tudo que sou é travessia. Eu deixo amor por entre coisas que passam. E eu deixo amor por onde me atravessam.
(DALILA LEMOS)